quarta-feira, 29 de abril de 2009

Projeto de Lei Exige alimentação saudável nas cantinas de instituições de ensino públicas e privadas

O Deputado estadual Délio Malheiros (PV) elaborou um projeto de lei que pretende banir das instituições de ensino alimentos com frituras, gorduras, balas, refrigerantes, entre vários outros. O projeto já foi aprovado em primeiro turno e deve ser votado novamente nesta semana. A esperança do deputado é que o texto seja aprovado e as escolas possam oferecer uma alimentação balanceada. “A intenção é atingir todo o ensino básico da rede pública e privada banindo alimentos com alto teor de gordura e caloria. Temos hoje um grau muito preocupante de obesidade infantil e a ONU vem orientando a mudar os hábitos alimentares nas escolas.” Para o deputado autor do projeto, o principal alvo é a escola privada, já que nas públicas a qualidade da merenda gratuita melhorou nos últimos tempos. “Alguns colégios particulares já se anteciparam, mas ainda há uma resistência maior por causa do lucro das cantinas. É preciso mudar apenas a oferta. No lugar do refrigerante, vender suco natural e água de coco. No lugar de frituras, oferecer alimentos assados ou cozidos”, explicou. O presidente do Sindicado das Escolas particulares de Minas Gerais (Sinep), Ulysses Panisset, disse que discutiu a lei de regulamentação da merenca escolar e que a instituição é favor´vel. “Acho que estabelecer normas muito rígidas é difícil e deveria haver uma campanha educativa, mas não somos contra a lei. Muitas escolas já estão se preocupando com isso.” Nas escolas municipais de Belo Horizonte, uma lei extinguiu no ano passado a figura das cantinas terceirizadas. Por isso, o lanche servido para os cerca de 148 mil alunos é preparado na prórpia escola sob orientação de nutriconistas. “ Não conseguimos evitar ainda que o aluno compre um chips, refrigerante, bala fora da escola e leve para a sala de aula, mas temos ensinado que esse tipo de alimentação é ruim”, informou a gerente de Coordenação de Programas de Assistência Alimentar da Secretaria Municipal Adjunta de Abastecimento, Maria Ângela Girioli. Em São Paulo, o mesmo projeto, escrito a partir do de Minas Gerais, foi aprovado em segundo turno este mês.

Fonte: Jornal O Tempo – Caderno Cidades – 29 de Abril de 2009

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